David Phelps - Blog Brasil: A Legião de Perdedores

14 de fev. de 2012

A Legião de Perdedores



Disse o paralítico: “Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim.” João 5:7



Afligido física e espiritualmente, era alguém digno de dó. Cego, coxo, paralisado... Em meio à multidão de deficientes físicos, seu caso era o mais desesperador. A doença havia paralisado seu corpo e por 38 anos sufocado a esperança. Ficava deitado, dia após dia, à espera de um milagre.

A história relatada no quinto capítulo do Evangelho de João é uma das mais estranhas da Bíblia. Especialmente o verso 4, que diz: “De vez em quando descia um anjo do Senhor e agitava as águas. O primeiro que entrasse no tanque, depois de agitadas as águas, era curado de qualquer doença que tivesse.”

Algo não soa real aqui. Será que essa é a maneira que Deus opera, garantindo a cura para uma pessoa que, abrindo caminho às cotoveladas, entra no tanque primeiro? Esse conceito é totalmente contrário à graça.

Na verdade, os manuscritos mais antigos não contêm esse verso. Essa é a razão de ele não ser encontrado nas versões mais modernas da Bíblia. Ellen White, ao comentar sobre essa passagem, observou que “acreditava-se comumente” que um anjo descia e movia as águas (O Desejado de Todas as Nações, p. 201). Que as águas se moviam de tempos em tempos não há dúvida, mas esse fenômeno provavelmente ocorria devido a uma nascente subterrânea.

Quando Jesus viu o inválido deitado ao lado do tanque, perguntou:

– Você quer ser curado?

Em vez de responder “sim”, aquele perdedor de primeira categoria conseguiu apenas responder:

– Não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque. Outra pessoa sempre entra primeiro que eu.

Ele não pediu para ser curado. Não tinha fé. Nem mesmo sabia o nome de Jesus.

Mas Jesus o curou assim mesmo.

– Levante-se! Pegue a sua cama e ande.

Imediatamente aquele homem foi curado. Pegou sua cama e andou.

Jesus ama os perdedores. Graça significa que mesmo os casos mais perdidos – pessoas tão devastadas que não conseguem nem mesmo pedir ajuda – encontram vida nova.

O Céu estará repleto de uma legião de perdedores. Como você e eu.



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